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A TENTATIVA BRASILERIA PARA UMA ECONOMIA BASEADA NA FORÇA DA TECNOLOGIA

À primeira vista, Florianópolis, no sul do Brasil, assemelha-se a estância de cartão postal por excelência de suas belezas. Tornou-se um dos mais populares destinos da América do Sul e um ímã para os amantes do sol.

Mas apesar de todo seu hedonismo, Florianópolis tem o seu olhar voltado para algo mais sério - tornar-se o pólo tecnológico regional.

O parque científico Sapiens é o cérebro de US$ 1,3 bilhões do governo brasileiro, como parte de uma ampla iniciativa de US$ 24 bilhões para promover a ciência e a tecnologia no país.

"Quando falamos sobre a quantidade de dinheiro que o Brasil está investindo em ciência, tecnologia e inovação ... comparado com os outros países da América do Sul, estamos a falar de dez vezes mais", diz José Eduardo A. Fiates, diretor executivo do Parque Sapiens.

Apesar de toda a conversa sobre o dinheiro, é a inovação tangível que a região quer desenvolver - e o investimento está gerando uma série de soluções para problemas locais e bem específicos.

Acima do limite

Uma inovação de Florianópolis ajuda a proteger os banhistas de ficar muito tempo ao sol.

O ponto de informação sobre o ozônio atualmente encontra-se na na liderança para se tornar uma utilidade familiar nas praias ao redor do mundo.

Num instante lhe dá uma leitura de intensidade de radiação UV - e recomenda medidas de proteção a serem adotadas, de acordo com o tipo de pele.

Os inventores de Florianópolis também têm ajudado com outra questão do tão calorento Brasil: problemas com bebidas e direção.

Engenheiros do centro de ciência criaram o Bafômetro, mas este interno, ou seja, um dispositivo dentro do carro que desativa o motor, a menos que o motorista passe pelo teste da respiração.

Ele tira uma foto do motorista, e alerta as autoridades se extrapolar os limites.

"O que torna o novo modelo de Bafometro original é a capacidade de transmitir imagens sem fio. Com isso, elimina a dúvida sobre se a pessoa testada foi a que estava dirigindo ou não ", diz Dhelyo Rodrigues, presidente da CSP, que fabrica o Bafometro.

"As empresas de Florianópolis precisam começar a pensar globalmente ... lá são um monte de oportunidades" Rodrigo Lossio

Isso significa que as empresas podem monitorar os seus motoristas de longe, e a polícia pode ter os resultados dos testes e provas fotográficas imediatamente transmitidos para as estações.

Juntamente com os aparelhos mais novos vai a tecnologia mais venerável que mudou a velho estilo política do Brasil.

Concebido para combater a fraude eleitoral, a urna eletrônica foi lançado nacionalmente em 2000.

E foi depois do fracasso da disputa eleitoral Bush-Gore nos E.U.A. que este invento específico colocou Florianópolis no mapa internacional de tecnologia.

"A urna eletrônica garante a autenticidade da pessoa que está votando por impressão digital, tornando o sistema mais seguro contra a corrupção eleitoral ", diz Luiz Henrique da Silveira, o governador de Santa Catarina.

Pode não parecer uma tecnologia muito avançada, talvez mais como algo dos anos 1970 - mas esse é um dos seus pontos fortes.

As máquinas de voto são muito sólidas e têm uma vida útil de 12 horas. Este significa que durante as eleições, podem ser transportadas para as regiões mais remotas.

Jogos

Outra empresa Florianopolis está tentando superar a diferença tecnológica entre o Brasil e as nações mais desenvolvidas é a Hoplon, criadores do do jogo online, vencedor de prêmios, Taikodom.

A empresa formou uma parceria para levar o jogo de ação multiplayer para 31 países - e desenvolver o conceito para uma experiência de jogo mais social.

"Estamos tentando criar um novo tipo de jogo online chamado aqui de Massive Social Game, ou um MSG", disse Tarquínio Teles, fundador e chefe da Hoplon.

"Ser brasileiro, é mais em tons de cinza e é muito mais hedonista que o ambiente sci-fi atual", diz ele.

Mas tornar-se global não é tudo uma diversão hedonista.

"Agora é a nossa cara que está sendo mostrada fora do Brasil. É o nosso jogo. Tudo o que fizermos aqui, o que quer que nós criemos aqui, será o que eles saberão sobre nós. É bastante assustador", diz o funcionário da Hoplon, Fabio Roger Manera.

Para chegar ao resto do mundo, empresas como a Hoplon são exceção. Um problema apontado pelos críticos, é que as empresas brasileiras tendem a ter um foco insular.

Observadores acreditam que, para realmente ter sucesso, o Brasil precisa olhar para além das suas fronteiras e tomar a iniciativa.

"As empresas de Florianópolis precisam começar a pensar globalmente. Existe um monte de oportunidades lá e as empresas não acreditam que podem chegar", diz o jornalista de tecnologia Rodrigo Lóssio.

Se Florianópolis está para se tornar o Vale do Silício da América do Sul, esta falta de auto-confiança tem de ser resolvida - assim como outras questões estruturais e culturais como a baixa produtividade, falta de especialistas graduados em tecnologia e uma burocracia gigantesca precisam, também, encontrar soluções.

Fonte: BBC NEWS